terça-feira, 25 de julho de 2017

Tarika Matilaba, primeira mulher a entrar no Partido dos Panteras Negras

    


 Joan Tarika Lewis, conhecida então como Tarika Matilaba, foi a primeira mulher a entrar no BPP e exigiu ter espaço para as mulheres negras na plataforma. Nascida e criada em Oakland, sua educação estava cheia de injustiças, seja o declínio pós-Segunda Guerra Mundial, taxas de desemprego extremamente altas, falta de habitação, preços acessíveis e outras questões socioeconômicas que impactaram principalmente os negros e os empobrecidos. A história diz que ela entrou no escritório dos Panteras Negras em Oakland e exigiu que ela não fosse apenas membro do partido, mas também que a ela fosse dada uma arma nesse exato momento. 
Enquanto estava no ensino médio no Oakland Tech, ela foi uma das primeiras estudantes a solicitar um clube de história sobre a cultura negra (ela também foi a co-fundadora da uinião dos estudantes negros) e passou a exibir um afro, fazendo sua eventual admissão no BPP em 1967 com 16 anos. Ela como uma Pantera Negra assumiu muitos papéis, incluindo escrever editoriais juntamente com Emory Douglas e desenhou mais de 40 caricaturas políticas, muitas das quais fizeram o emblemático jornal Black Panther. Os dois conseguiram retratar os pobres não só como vítimas, mas com empatia e a humanidade necessária. Ela deixou o partido na década de 70 quando os infiltrados no FBI começaram a criar rivalidades e conflitos entre seus membros. Atualmente ela continua a sua militância como ativista através da música, artes visuais e palestras sobre sua vida e militância durante a atuação no partido panteras negras.

“I put down my violin and picked up a gun.”

Fontes:

Livro: My People Are Rising: Memoir of a Black Panther Party Captain 

https://localwiki.org/oakland/Tarika_Lewis (quatro vídeos sobre a palestra e músicas de Tarika - sem legenda)
Texto de Leandro Augusto 

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