A
terceirização atinge diretamente as mulheres brasileiras
O Projeto de Lei (PL) 4.302/1998 que libera a terceirização para
todas as atividades das empresas, passou tranquilamente nessa quarta-feira pela
câmara dos deputados. Implicando que agora todos os setores de uma empresa
podem ser terceirizados, a empresa inicial contrata funcionários de uma outra
empresa prestadora de serviços.
O
que isso significa?
De forma prática e a grosso modo, significa não ter garantias
trabalhistas, não ter nenhuma segurança, não saber a quem recorrer caso precise
dentro da empresa e não ter como cobrar o empregador; a jogada para esse golpe
foi bem planejada, o sucateamento de empresas brasileiras como Petrobrás e as
grandes construtoras que tiveram obras paralisadas com a operação Lava-jato,
geraram uma reação em cadeia em todo o país, o que causou um grande número de
desempregos, hoje há cerca de 12 milhões de desempregados no Brasil, o trabalho
está escasso e o “exército de reserva” é numeroso, o que faz com que o
trabalhador se sujeite a qualquer salário e qualquer tipo de contrato, sem
muitas reinvindicações, no fim das contas é um retrocesso para o Brasil e não
irá gerar crescimento econômico para o trabalhador, só para a burguesia mesmo,
a quem serve nossos políticos.
Porque
o feminismo está relacionado a esse processo?
O Brasil tem cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens, somos
maioria trabalhando, já ocupamos os piores cargos mesmo com maior escolaridade,
nossa remuneração é menor e somos maioria em subempregos e no trabalho
informal. À cada 10 trabalhadoras que sofrem assédio sexual, 8 são
terceirizadas. Acredite, quando Simone de Beauvoir diz: “Basta uma crise
política, econômica e religiosa para que os direitos das mulheres sejam
questionados. ”
A pauta contra a Terceirização, bem como da Reforma da Previdência, nos
atinge diretamente. A burguesia não está considerando que exercemos jornada
dupla e que por isso nossa força de trabalho será ainda mais desvalorizada.
Além do fato de que muitas mulheres ainda dependem da renda do companheiro, o
que se torna um golpe duplo, pois as mulheres são atingidas novamente.
Portanto, companheiras, o momento de nos unirmos e lutarmos contra o
golpe duro que a classe trabalhadora está sofrendo é esse, não podemos nos
calar diante dessa escravidão moderna.
Não
a terceirização!
Não
a reforma da previdência!
"A cada 10 trabalhadoras que sofrem assédio sexual, 8 são terceirizadas". Fonte?
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